Post Scriptum
Por: Ramon Reis
Aqui jaz a incompletude do meu ser,
deixada no vento das memórias de quem permanece,
tal qual as alegorias de carnaval numa avenida cinzenta e mórbida.
Resta-me saber o que fica
quando o sopro do que restou
ronda uma infinita parte
descartada no meio da multidão.
São traçados de um caminhar sinuoso
levado pelo tempo.
E se o tempo pudesse falar?
O que ele diria?
Talvez dissesse que a finitude é uma ilusão
feita para escapar de um lamento
ou apenas quisesse
mostrar que não deixar respostas seja a principal forma de seguir…
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