Histórias em quadrinhos: Transformando Gerações
Fonte: Universo HQ |
Caracterizada como uma forma de expressão autônoma, as histórias em quadrinhos (HQs) são artes sequenciais ilustradas por desenhos, balões, e quadros que delimitam tanto as falas quanto as ações da narrativa. Os quadrinhos são um marco na literatura mundial, e possuem importantes contribuições na cultura popular (evidente no movimento nerd).
História/origem
As manifestações narrativas que originaram as HQs perpassam civilizações milenares, desde os egípcios, através dos hieróglifos (Sistema de escrita egípcia representada por símbolos) até os povos pré-colombianos, por meio de registros em vasos e manuscritos chamados códices.
A primeira história em quadrinhos (HQ), considerada europeia, foi “As Aventuras de Obadiah Oldbuck” (Les Amours de Mr.Vieux Bois) de 1842, criada pelo suíço Rodolphe Töpffer. No entanto, muitos apontam “O menino amarelo ou Yellow Kid” (Down Hogan's Alley) do americano Richard Outcault, como a pioneira das HQs modernas, com elementos como balões de fala, cores e onomatopeias. No Brasil, destaca-se a história "As Aventuras de Nhô-Quim", desenhada por Angelo Agostini e publicada pela revista Vida Fluminense em 1869.
Ícones das HQs no Brasil
As histórias em quadrinhos, ou gibis, têm um impacto significativo na vida dos leitores, especialmente no Brasil, em que personagens como Mônica e Cebolinha da "Turma da Mônica" (1959) de Maurício de Sousa e "O Menino Maluquinho" de Ziraldo marcaram gerações. Além disso, as revistas de super-heróis, inicialmente, trazidas pela Editora Brasil-América e, atualmente, publicadas pela Marvel Comics e DC Comics, impulsionaram a popularidade dos gibis no país devido a protagonistas icônicos como Superman, Mulher Maravilha e Homem-Aranha. Os mangás japoneses também são populares no Brasil, lidos no formato oriental e tendo ganhado destaque, até mesmo, no cinema global.
Pesquisa Quantitativa
Uma pesquisa com estudantes do ensino técnico do IFPA e membros do LiterUFRA (Clube de Leitura da UFRA Capitão Poço) revelou que 36,4% dos participantes leem HQs com frequência, enquanto 63,6% leem raramente. Os formatos mais lidos foram tirinha e mangá, sobressaindo o gênero de humor/sátira com quase metade dos votos. Um participante destacou: "As HQs são excelentes para incentivar a leitura devido à linguagem mista, as cores e as imagens, além de incentivar a criatividade do leitor".
5 benefícios das histórias em quadrinhos (além de muitas outras):
Gera Autoidentificação;
Estimula a leitura;
Valoriza a criatividade;
Oferece acessibilidade para o público infantil;
Pode explorar questões sociais e culturais;
Conclusão
As histórias em quadrinhos, na atualidade, são responsáveis pelo engajamento educacional de crianças e adolescentes, contribuindo na alfabetização e na formação do pensamento crítico. Portanto, a arte sequencial atua na promoção da diversidade social, e deve ser estudada como uma expressão artística revolucionária.
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