Dia internacional do orgulho LGBT
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Por: Aline Trindade e Bianca Magno
28 de junho é o dia internacional do orgulho LGBT. Essa data foi escolhida em homenagem ao protesto ocorrido nesta data, em 1969, em defesa do clube gay Stonewall Inn, em Nova York. Naquele período as leis contra homossexuais eram rígidas, sendo perseguidos aqueles que demonstrassem afeto homoafetivo em público. Então, como uma estratégia de resistência, o clube Stonewall Inn foi fundado em 1967, pelo mafioso “Fat Tony” como um clube privado, embora houvesse invasões policiais frequentes no estabelecimento. Em 1969, esta situação tomou rumos inesperados, e resultou no que é hoje conhecido como “Rebelião de Stonewall”.
Neste dia, alguns funcionários do clube, bem como algumas pessoas acusadas de violar o estatuto de vestuário, foram presas. Quando essas pessoas foram levadas para os camburões, uma rebelião aconteceu. No dia 28 de junho de 1969, uma multidão reuniu-se em frente ao bar em defesa do direito da população LGBT. A rua foi bloqueada por manifestantes. A Rebelião de Stonewall tomou grandes proporções, que continuaram dias depois, e chegaram a outras cidades. Como resultado positivo, ocorreram algumas mudanças nas legislações estaduais norte-americanas, no sentido de coibir que certos aparatos de repressão fossem utilizados contra os membros da comunidade.
No Brasil
Em São Paulo, ano de 1983, um grupo de mulheres lésbicas se organizaram para lutar pelos direitos da população LGBT, dando origem ao Grupo de Ação Lésbica Feminista (GALF). Essas mulheres se reuniam no “Ferro Bar”, no qual distribuíam as publicações do movimento. Entretanto sofriam repressão, posto que a distribuição do jornal foi proibida pelo dono do bar, que também expulsou as mulheres integrantes do movimento.
Em agosto, elas fizeram um levante, liderado por Rosely Roth: ocuparam o bar e leram em voz alta um manifesto contra a repressão. Esse levante atraiu a atenção de jornalistas e políticos, assim o bar teve que pedir desculpas e permitir a circulação do Boletim informativo. Esse episódio inspirou muitas pessoas a lutarem por seus direitos.
Representatividade LGBT no mundo dos Super-Heróis
Nos famosos quadrinhos da Marvel e da DC, há muitos personagens que fazem parte da comunidade LGBTQIAPN+. Porém, isso só foi possível com a “decadência” do Código dos Quadrinhos.
O Código dos Quadrinhos, criado pela Associação Americana de Revistas em Quadrinhos (Comics Magazine Association of America – CMAA), surgiu com o propósito de garantir a qualidade do conteúdo das histórias nos quadrinhos, deixando os pais cientes se aquelas histórias seriam apropriadas para seus filhos. Na época, os quadrinhos foram alvo de um movimento moralista nos EUA que relacionava o aumento da criminalidade juvenil aos conteúdos abordados nas HQS. Assim, as editoras associadas deveriam enviar todas as suas HQs para serem analisadas antes da publicação, podendo ou não serem aprovadas.
O primeiro super-herói gay dos quadrinhos foi o Estrela Polar, da Marvel Comics. O personagem foi criado em 1979, como integrante do grupo canadense Tropa Alfa, por John Bryne. Tropa Alfa foi criado com o intuito de ser um personagem gay, mas os editores na época não autorizaram que isso fosse explícito.
A editora sempre deu “dicas” sobre a orientação sexual do personagem em suas histórias, mas só oficializou sua sexualidade em 1992, com a mudança do Código dos Quadrinhos, na revista Tropa Alfa #106, escrito por Scott Lobdel.
Ao longo do tempo, muitos outros personagens das HQS foram revelados como parte da comunidade LGBTQIAPN+, como por exemplo:
Arlequina - DC
Batwoman (Kathy Kane) - DC
Hera Venenosa (Poison Ivy) - DC
Mulher Gato (Selina Kyle) - DC
Homem de Gelo (Bobby Drake) - X-Men
Wiccano - Marvel
John Constantine - DC
Robin (Tim Drake) - DC
Mística – Marvel
Miss América (America Chavez) - Marvel
Loki Laufeyson – Marvel
Lanterna Verde (Alan Scott) - DC
Mulher-Maravilha (Diana) - DC
Meia Noite e Apollo - DC
Você Sabia?
O IFPA campus Belém tem o Núcleo de Gênero e Diversidade (NEGED), um núcleo voltado a projetos, pesquisas, ações e celebrações das mulheres, LGBT+ e corpos dissidentes. Atualmente é coordenado pelo professor Wallace Pantoja. Quer saber mais? Siga o instagram do núcleo: https://www.instagram.com/negedifpabelem/.
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