O peso dos dias
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Fonte: Salvador Dalí/Shutterstock.com |
Por: Matheus Lima
Entre os dias que se arrastam sem fim,
Um cansaço me abraça, se prende em mim.
A rotina suga e esmaga o meu peito,
E o descanso é sonho que não tem direito.
A casa me chama, as tarefas cobram de mim,
A culpa me morde se as horas desdobram.
O sábado vem, mas não traz alívio,
Acordo cansado, perdido no vício.
Não há tempo pra mim, só o peso das coisas,
A vida é um ciclo de horas penosas.
A faculdade exige, o mundo consome,
E ao final, quem sou eu, senão um nome?
Tenho 24, mas me sinto menor,
Um pedinte de sonhos que a culpa devora.
Quero algo meu, que traga um sentido,
Mas o desejo é vazio, um grito contido.
E assim sigo, sem ter pra onde ir,
Carregando o mundo, tentando existir.
Entre a poeira, os livros, a luta, o suor,
Sou alguém que só quer descansar sem dor..
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