Por que a ética é tão importante para o jornalismo?

 

Fonte: Jornal Digital.

Em toda e qualquer profissão a presença da ética se mostra indispensável, uma vez que ao falar em trabalho público ou privado, também estamos falando de coletividade. Mas o que vem a ser a expressão “agir eticamente”? A ética se define como um conjunto de regras que norteiam a prática pessoal e profissional de qualquer indivíduo que vive ou desenvolve uma função/atividade em sociedade. Assim, agir eticamente significa seguir determinados padrões de comportamento aceitos socialmente, o que em termos profissionais equivale a seguir um código de ética. Tal código está presente, por exemplo, entre médicos, professores, enfermeiros e jornalistas, cujas funções necessitam de um comportamento ético, uma vez que tais profissionais trabalham no atendimento ao público.

A ética, portanto, torna-se indispensável ao ser humano no exercício da sua função, bem como auxilia na boa convivência entre as pessoas. Assim, dentre atitudes consideradas éticas temos: a honestidade, a veracidade e o respeito aos valores sociais vigentes, além do sentimento de fraternidade. 

No que se refere à ética aplicada ao jornalismo, compreendemos que os meios de difusão das informações, como jornais e revistas, em meio impresso ou digital, têm a significativa tarefa de informar levando em consideração os princípios éticos. 

Contudo, em nossa sociedade, certas vezes marcada pela superficialidade e rapidez das informações, desrespeito, ganância e busca desesperada por notoriedade, alguns repórteres adotam posturas inadequadas ou antiéticas, oscilando entre a informação e a enganação. 

Não raro são os casos nos quais determinados profissionais da informação ultrapassam o limite estabelecido daquilo que se concebe como agradável, correto ou verdadeiro para almejar picos de audiência, por exemplo. E nesse âmbito, para alguns indivíduos, não há limites: a exposição da vida alheia, sem medir as consequências; adulteração de fatos e acontecimentos, com o intuito de causar comoção ou outro sentimento; invenção de notícias; difamação e constrangimento; estas são formas de utilização inadequadas dos meios de informação e da falta de ética jornalística.

Aqueles que atuam no cenário jornalístico precisam ter em mente a conduta ética, posto que são formadores de opiniões: uma notícia que visa difamar celebridades, personalidades do cenário político ou artistas pode gerar consequências desastrosas para aquele que é escolhido como alvo. Nesse âmbito, o profissional não pode ignorar a sua responsabilidade ética e o caráter informativo, educacional e crítico do jornalismo, para se tornar meramente um influenciador, no sentido negativo do termo.

A postura jornalística precisa, dessa forma, apresentar limites estabelecidos eticamente, sem esquecer o seu fim que é o de manter a população informada sobre os mais diversos assuntos de interesse social, sob pena de, ao agir de forma contrária, propagar uma cultura da superficialidade e, ironicamente, da desinformação.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

I Seminário de Humanidades do IFPA-Campus Belém

A greve no IFPA, parte 5

A greve no IFPA, parte 2