Postagens

Dia da Consciência Negra: Um olhar a Carolina Maria de Jesus

Imagem
Fonte: Portal Valentinas  Por: Lívia Suenne Hoje, quarta-feira, dia 20 de Novembro de 2024 comemora-se o Dia Nacional da Consciência Negra. Por isso, o JD se desloca a Sacramento-MG e relembra um grande nome da literatura e resistência negra brasileira: Carolina Maria de Jesus (1914-1977). Carolina estudou na 1ª escola espírita do Brasil, o colégio Allan Kardec em 1923 e, 14 anos depois se mudou para São Paulo-SP, em que passou a morar na favela do Canindé com seus três filhos: João José de Jesus, José Carlos de Jesus e Vera Eunice de Jesus Lima. Sendo ela uma leitora voraz, registrava tudo em folhas de papel e cadernos que encontrava nas ruas, uma vez que a coleta e venda de materiais recicláveis era a sua fonte de renda. Esses registros iniciaram sua trajetória como memorialista e poeta, descrevendo o seu cotidiano do “ Quarto de desespero da capital" nos cadernos, posteriormente se transformou no “ Diário de uma favelada ”. Carolina Maria de Jesus foi uma escritora negra, mãe

Inversão narcísica

Imagem
Fonte: Extra Classe   Por: Bárbara Duarte Denise andava ensimesmada, mergulhada em pensamentos intermitentes, ideias fixas, sem conseguir achar uma solução. Não ia a lugar nenhum, pois nem sabia de onde partira. Apenas remoía um fato nítido e tão forte quanto o abalo de uma exposição pública: ela não conseguia olhar o seu reflexo no espelho. Comparava essa sensação ao dia em que a sua calça rasgou enquanto descia de um ônibus lotado. No ônibus, Denise não conseguia disfarçar o olhar admirado em direção a dois estudantes de medicina de uma faculdade pública. A moça, uma jovem de beleza invulgar, olhar altivo e vivaz, conversava animadamente com seu colega, de igual desenvoltura. Ambos perceberam os pensamentos inconfessáveis de Denise, taciturna e acabrunhada, deixando-se trair por sentimentos mal contidos. O som metálico do peso de sua bolsa despencando no chão a despertou do torpor da atração que aquelas duas figuras lhe provocaram e, num átimo, ela juntou seus pertences e saiu ator

O desafio da Matemática

Imagem
Fonte: Instituto de Ciências Exatas  Por: Rebeca Martins Ao percorrer pelos corredores, salas, fila da cantina e até mesmo pelo banheiro do IFPA-Campus Belém, é possível perceber algo em comum: as reclamações sobre a dificuldade acadêmica. Sabe-se que a Instituição apresenta um ensino desafiador, tanto nos cursos técnicos quanto na graduação. No entanto, nas disciplinas de exatas, especificamente a Matemática, essa dificuldade é mais acentuada. A situação é tão preocupante que até os próprios professores apontam o baixo desempenho e a dificuldade dos alunos em absorver os conteúdos da disciplina. Mas, afinal, o que está por trás desta realidade? E o que ela revela não apenas sobre o IFPA, mas sobre a educação no Brasil como um todo? A Matemática exige uma base sólida de aprendizado, e quando essa base é prejudicada, o impacto se estende a toda a formação educacional do estudante. Isso ocorre porque, sem fundamentos adequados, torna-se cada vez mais difícil absorver conteúdos mais avanç

Eleições EUA

Imagem
Fonte: The New York Times  Por: Wesley Ribeiro No dia 05/11/2024, Donald Trump (Republicanos) venceu a corrida eleitoral estadunidense, tornando-se, pela segunda vez, presidente da república. O republicano derrotou Kamala Harris (Democratas), obtendo mais de 74 milhões de votos e mais de 300 delegados, elemento importante para conseguir vencer as eleições. Ainda que tenha vencido uma eleição por meio de um processo democrático, Trump ainda mantém um discurso nacionalista, autoritário, conservador, de ataques aos seus oponentes políticos e a grupos socialmente minoritários. A vitória de Trump mostra que ele ainda é sustentado por uma base intelectual conservadora, capaz de angariar milhares de votos. Isso se cristaliza durante toda sua vida política, uma vez que o recém presidente eleito sempre proferiu discursos de ataques a todos e todas que não se enquadram em um padrão de identidade norte americana. Tais discursos são acatados por sua base eleitoral, a qual atua de forma violenta

Dança das sombras

Imagem
Fonte: YouTube  Por: Matheus Lima Em meio ao silêncio da noite, um grito abafado escapa, perdido entre as sombras de pensamentos densos e pulsantes. A voz, embargada, ecoa apenas dentro de si mesmo, como se o peito fosse um grande abismo onde palavras caem sem nunca encontrar solo. “Alguém me ouve?”, pergunta, mas o vazio responde com um silêncio cortante. Todos os dias são um ciclo eterno: o despertar, os mesmos passos que levam à faculdade, a volta para casa e o repouso cansado sobre um travesseiro que nunca traz descanso. As horas, os minutos, tudo segue repetindo-se em um tempo sem fim, enquanto o mundo ao redor parece girar em um ritmo que ele não pode acompanhar. À beira do precipício, ele se questiona. Existe mesmo um fundo neste abismo? Ou tudo isso não passa de um reflexo de seu próprio caos interno? Talvez seja uma visão apenas sua, algo que a mente construiu para justificar a dor surda que nunca cessa. Pensa se tudo isso seria um tipo de punição divina, como se existisse

Resenha sobre o livro "A bolsa amarela"

Imagem
Fonte: a bela do dia  Por: Lívia Suenne Sabemos que o Enem passou, mas o JD gostaria de ampliar ainda mais os repertórios dos leitores com uma dica literária muito em alta nas últimas semanas. O livro “ A bolsa amarela ” foi escrito pela autora gaúcha Lygia Bojunga em 1976 e publicado pela Editora Casa Lygia Bojunga ( @casalygiabojunga ), uma ação oriunda da intenção de reunir na casa os personagens da autora. Vale mencionar O Meu Amigo Pintor , A Casa da Madrinha , Tchau , Os Colegas , Corda Bamba, Seis Vezes Lucas , entre outros. Ao todo a escritora, atriz, tradutora e autora em rádio, teatro e televisão brasileira Lygia Bojunga Nunes nascida no Rio Grande do Sul e criada em solo carioca soma 23 títulos, em que foi a primeira escritora premiada internacionalmente com o Prêmio Hans Christian Andersen e a primeira fora do eixo Estados Unidos e Europa. Em 2006, foi publicada a 33ª edição do romance/conto que soma 135 páginas, divididos em 10 capítulos.  A história protagoniza o cotidian

Ecos de solidão

Imagem
Fonte: Freepik   Por: Matheus Neves Sinto a solidão que vai além da pele, Uma ausência profunda que nunca se dissolve, Um vazio que ecoa, gritando em silêncio, Enquanto o mundo gira, eu me perco em meus tormentos. Amor, não é culpa sua, Tu és a perfeição que sempre desejei, Mas por que a vida, cruel e insensata, Faz pesar sobre você as sombras do destino? Incapaz de te ajudar, a dor se intensifica, E meu coração clama por respostas, Oh, como eu queria ser tudo, Mas sou apenas um eco, um sussurro da esperança. Por que o universo se volta contra nós? Se há um Deus, será que ele nos escuta? Ou será que em sua indiferença nos deixa à mercê De um futuro incerto, envolto em incertezas? Amor, será que nosso laço resistirá a tempestade? Sinto o peso de ser um fardo, E a ideia de te deixar se torna uma tortura, Mas não posso me permitir ser um peso em sua jornada. A vida, este lixo, me consome por dentro, Enquanto o amor grita por um novo amanhecer,