Fonte: Pexels Por: Mauro Lopes Leal Ano: 2023. Local: uma sala de aula do ensino médio. A professora traz várias apostilas e, com entusiasmo, fala: hoje vamos ler um conto de um famoso escritor brasileiro, Machado de Assis. Um aluno levanta o braço e pergunta: quem? A turma toda gargalha. Vamos analisar a cena. Mas antes de tudo, isentaremos o aluno de qualquer culpabilidade com a sua “questão”? O leitor pode discordar e não irei me opor. Adianto apenas que, como esta é uma crônica, de natureza analítica/argumentativa, reafirmo o caráter puramente dialógico da mesma, na qual expresso apenas e humildemente um ponto de vista. E por que o aluno não possui culpa? “Ele não quer ler, não quer introduzir-se nos campos literários, não quer conhecer, não tem curiosidade”. Sim, tal observação, feita por algum leitor mais enérgico do JD, tem relativa fundamentação, mas não é este o ponto que busco defender aqui. Em verdade, posso até reafirmar a inocência de um aluno que faz tal pergunta. E daqui